sábado, 13 de outubro de 2007

Eternizado "o Senhor dos Palcos"


Créditos da foto: Flavio Florido / Folha Imagem

Teatro, cinema, televisão, sucesso, doença, morte. Ele foi, é e sempre será um grande homem para a cultura brasileira. Nascido – não por acaso – em 7 de setembro de 1922, o magnífico ator Paulo Autran “partiu dessa para melhor” na tarde deste feriado de 12 de outubro.


Consagrado como “o Senhor dos Palcos” pela extensa carreira pelos teatros brasileiros, Autran fez história. Apesar de não gostar muito, na televisão fez trabalhos como “Pai Herói”, “Os Imigrantes”, “Guerra dos Sexos”, “Sassaricando”, “Hilda Furacão” e “Gabriela Cravo e Canela”. No cinema atuou em filmes como “Uma Pulga na Balança”, “Terra em Transe”, “O País dos Tenentes” e seu último trabalho: “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”.


Foi nas mais de 80 peças que participou, onde Autran consagrou sua carreira, com prazer e muita satisfação. Sem ele o teatro nacional não seria o mesmo. Algumas das peças foram: 'Otelo', 'Antígone', 'My Fair Lady', 'Liberdade, Liberdade', 'A Morte do Caixeiro Viajante', 'Visitando o Sr. Green' e 'Adivinhe quem Vem para Rezar”.


Há cerca de um ano, o ator sofria com sérios problemas de saúde, e mesmo assim continuava a fumar. A luta travada contra o câncer de pulmão e o enfisema pulmonar o levou a morte no consagrado 12 de outubro de 2007. A cultura brasileira lamenta, mas eterniza a carreira e os grandes feitos do esplendido Paulo Autran.


"Recebemos com imensa tristeza a perda do nosso grande ator Paulo Autran. Ele nos deu o privilégio de apreciar o seu talento em momentos inesquecíveis do teatro, do cinema e da televisão. Paulo Autran engrandeceu a dramaturgia e o Brasil com suas interpretações, que fizeram rir, chorar e refletir. Atuou até seus últimos dias e deixará um vazio que muito sentiremos na cena brasileira. Temos certeza que, de alguma forma, ele estará presente como exemplo de talento da arte dramática para os atores mais jovens". Declaração de Luís Inácio Lula da Silva, Presidente da República.

Um comentário:

Liana Vidigal disse...

Sheila,
Definitivamente, tudo o que é bom, acaba.

Parabéns pelo texto e pela escolha do assunto.

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