terça-feira, 28 de agosto de 2007

Um Círculo

“Círculo.

“Um círculo.

“Por mais que o contemplasse, o círculo era apenas um círculo. Interminável, inquebrável, sem extremidades, sem hesitações, era um círculo.”

O item acima é apenas uma amostra do segundo volume de “Musashi”, escrito por Eiji Yoshikawa. O tamanho intimida, mas o conteúdo é dos mais atrativos. A biografia em forma de romance descreve o percurso, físico e psicológico, do herói nacional japonês diante do caminho da espada (bushidô, no original japonês) que escolheu para si. Ambos os volumes, de aproximadamente 850 páginas, foram traduzidos para o português por Leiko Gotoda (aliás, uma mulher).

O livro inclui batalhas sangrentas, em destaque um episódio conhecido como a “Batalha do Pinheiro Solitário”, que marcou profundamente o nome Miyamoto Musashi na história; um cenário de xogunato, com a aparição de muitas figuras importante da época; pregações do zen-budismo, lições e sermões próprios para fazer o leitor se perder em pensamentos; e o romance desencontrado entre a doce Otsu e o protagonista. Ou seja, atende a todos os gostos.

Essa obra fabulosa, quando escrita, vendeu 120 milhões de exemplares no Japão, por volta da quantidade populacional na época, e esconde muita filosofia aplicável ao mundo contemporâneo. O mangá “Vagabond”, de Takehiko Inoue, baseia-se no livro de Eiji. Vale a pena enfrentar a preguiça e conferir “Musashi”.

Imagens retiradas de http://www.submarino.com.br/

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