quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Aprendendo a aprender



As novas tecnologias vêm transformando muito as formas de transmissão do conhecimento. Os livros, no entanto, ainda são instrumentos fundamentais no processo de aprendizagem, embora exista uma visão mais crítica acerca da relevância do livro didático.

Para a professora de ensino fundamental da escola democrática Lumiar, Marina Nordi Castellani, os livros didáticos podem tolher o aluno no momento de absorver as aulas pelo seu aspecto parcial. “A questão é que o livro didático sempre tem por trás uma visão de mundo de quem o construiu e se é usado como única fonte para transmitir conhecimento é limitador, irreal ou superficial já que o conhecimento humano e pesquisa envolvem muitos outros aspectos e são sistematizados de diversas maneiras.”

O editor Alexandre Martins Fontes, à frente da editora e livraria de mesmo nome há 15 anos, não edita livros didáticos por questões que se relacionam com este tipo de crítica. Embora traga para o Brasil livros estrangeiros para o ensino de idiomas, acredita que o livro didático prejudica muito os autores. “É um mercado muito grande, que movimenta mais dinheiro. No entanto, quem é menos valorizado é o autor, que acaba camuflado na edição do livro. Se antes havia a Gramática de um autor, hoje esta mesma gramática é de uma editora.”

Ainda assim, tem gente interessada em aproveitar as novas tecnologias para produzir livros didáticos capazes de despertar interesse e abrir outras portas. É o caso da professora de História da África da USP, Marina de Mello e Souza, que este ano ganhou um Jabuti nesta categoria com o livro “África e Brasil Africano” (ed. Ática). A disciplina que hoje ela ministra na Universidade existe há apenas 6 anos e um livro didático que introduza este tema no ensino fundamental é uma grande conquista. “Como acredito na qualidade do que fiz e acho o assunto prioritário para o aprimoramento da nossa sociedade, fico feliz, achando que mais pessoas serão expostas ao debate acerca dos lugares do negro na sociedade brasileira e da África na história da humanidade.”
Crédito da imagem:

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O Boom do Quadrinho Oriental

Mangá, para os que desconhecem, é um quadrinho de origem japonesa que é lido da esquerda para a direita. Para os que conhecem, eis um pouco da história.

De acordo com Rafael Filipe Alves Carvalho, popularmente conhecido como Pen, professor de desenho e desenhista, "o mangá é bem mais antigo que aparenta". Utilizando Pen como fonte, o famoso quadrinho se iniciou em 1700 no Japão, mas não no formato hoje conhecido, na época não passava de uma ilustração satírica criada pelo povo afim de demonstrar seu descontentamento para com seu senhor feudal. "Tem uma que eu vi, que eu achei muito legal, que eram dois sapos zombando de um coelho, o coelho todo caído no chão. Os sapos, eles representavam o que seria o povo na época, e o coelho representava o senhor feudal." Exemplifica Pen. A Segunda Guerra explodiu, período no qual as províncias não conseguiam se comunicar entre si, no território japonês. Uma outra utilidade para o mangá se fez notória. Os japoneses, sem acesso à tecnologia de rádio, se utilizaram dessas ilustrações para informar o que acontecia ao longo do Japão, através de um jornal que rodava as regiões. A Guerra veio e se foi, deixando um país destroçado. O povo precisava se unir, e que melhor jeito de conquistar isso que vendendo patriotismo para as crianças? Sim, o mangá passou a circular em forma de historinhas infantis. "Só que o negócio estourou de verdade com Osamu Tezuka" Vocês devem ter ouvido falar, o autor do mangá Astro Boy. No primeiro contato que os americanos tiveram com o Japão, estes levaram vídeos da Disney, que cativaram Tezuka. Ele percebeu que um grande atrativo do público nos filmes era o brilho nos olhos dos personagens. "Ele começou a adaptar aquele traço de mangá próprio do Japão misturando com Walt Disney, se você for ver, tem até uma pequena semelhança, entre os personagens de época".

O mangá passou a ser dividido em gêneros, o feminino (shojo), o masculino (shonen) e gekigá. "Gekigá seria um gênero mais adulto, com histórias do cotidiano, ou às vezes até uma história real. Por exemplo, tem a história de Musashi (à esquerda), que é contada por um mangá, tem um traço mais realista." Explica Pen. Mas o público adolescente, eles tinham dificuldade em alcançar, irônico, não? Os artistas fundiram o mangá infantil com o adulto pra conquistar tal proeza, desenvolvendo um traço mais dinâmico, o mangá que conhecemos hoje em dia.

A razão da ironia anteriormente mencionada: Você acredita que o quadrinho japonês tem um bom alcance no público jovem hoje em dia? "Sim, tem." Pen responde. "Alcança, principalmente porque as histórias, apesar delas terem uns temas meio fantásticos, nossa, caras que soltam poderes pelos olhos, explodem o mundo com um espirro… Mas uma coisa que é interessante é que os personagens, eles tem crises muito próximas às nossas, o que torna eles mais humanos, diferentes de um personagem de comics ou de uma HQ por exemplo, você não vê o Super-Homem pensando em Poxa vida, meu Deus, ela me deu uma bota, que chato…, você vê ele pensando Nossa, tem uma criptonita na cintura dele, eu vou morrer!, ou então você pega Bob Esponja, ele nunca vai se confrontar com a puberdade dele."

O entrevistado, Rafael Filipe, é auto-ditada, mas ele recomenda arduamente a procura de um curso para os que se interessam. "Você vê que pra dizer de uma criança de 9 a 11 anos, mais ou menos, você pode resumir que é em passa-tempo. Dessa faixa em diante, vai, vamos dizer, dos 12 aos 17, ele é uma mistura de hobby com uma mistura de se expressar com uma mistura de “eu quero impressionar alguém”. Dezoito até os 29, 30 anos, acaba se tornando um meio de profissão. Porque a pessoa, a partir dos 18 anos ela já não tem muito tempo pra ficar brincando na vida, ela já começa a tomar certas responsabilidades, ela tem aquela pressão de Nossa, vai acabar o terceiro ano, que eu vou fazer de faculdade?. E desenho acaba sendo o investimento que a pessoa está fazendo." diz Pen.

Contudo, ele prefere não aconselhar seus alunos a entrarem no mercado de trabalho visando somente o desenho oriental como seu objetivo final, e deixa uma advertência para aqueles que não podem ser dissuadidos desse objetivo em particular: "Eu sempre falo isso para os meus alunos: 'Meu, você quer trabalhar com isso? Se dedica, você pode ter até o foco em mangá, mas procura ser um artista mais amplo.' Porque se um dia você entrar num estúdio que trabalha, por exemplo, com publicidade. 'Ah, hoje a gente vai fazer uma propaganda em mangá' Você viu que legal? Aí a pessoa pensa 'Nossa, sei desenhar mangá, legal eu vou trabalhar com isso, cara.' Aí mas depois o cara vira e fala 'Então, a gente vai fazer uma propaganda em flash.', 'Putz, eu não seu mexer em computador.'. 'Ah, a gente vai fazer uma ilustração pra uma revista, só que tem que ser uma pintura em aquarela.', 'Eu não sei mexer com aquarela…'. 'A gente vai fazer um desenho realista e vai enviar pro Faustão.', 'Mas eu não sei fazer realista.'. Então são essas coisas que o mercado vai começando a te cobrar e você vai vendo que você, ao invés de ganhar por ser especialista numa área só, está perdendo. É melhor você ser bom em várias áreas do que ser realmente muito bom numa só, pra não perder público."

Imagens retiradas de http://images.google.com.br/imghp?oe=UTF-8&hl=pt-PT&tab=wi&q=

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Uma relíquia eterna

Sábado, 10 de novembro.



Crédito da imagem:
http://criancas.uol.com.br/harrypotter/ultnot/2007/11/08/ult1833u357.jhtm


Quem passava pelas livrarias brasileiras no sábado, dia 10 de novembro, pensava que algo extraordinário estava acontecendo, tamanho eram as filas e a quantidade de pessoas que lotavam as lojas, procurando, finalmente, a edição brasileira do último livro da saga Harry Potter, As Relíquias da Morte, com quase 600 páginas e custa, em média, R$53,50.


Altamente esperado, o livro foi publicado nos Estados Unidos e Grã Bretanha em julho, e foi acompanhado de polêmicas: dias antes do lançamento, um usuário disponibilizou na internet o livro completo em fotografias. Os fãs, eufóricos, se esforçavam para decifrar as páginas, muitas vezes ilegíveis, devido as péssimas fotos tiradas e os reflexos de flash no papel.


Dias após o ocorrido, já era possível encontrar o livro completo, traduzido e editado, em comundades do orkut. As incertezas devido a veracidade da obra eram grandes, afinal, eram traduções amadoras com a obra original em fotos. Não sabiam se era, realmente, o livro ou se alguma brincadeira de mal gosto muito bem feita e planejada.


http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL74256-7084,00.html

O livro finalmente saiu no Brasil, e, claro, caixas e caixas de livros foram vendidas em lojas de todo o país, em especial, nas Lojas Americanas e na FNAC, que ofereciam pré-venda especial, na sexta, um dia antes do lançamento oficial. Sucesso garantido, o livro deve figurar na lista de best-sellers por diversas semanas a partir de hoje.


O gerente de vendas literárias da livraria Nobel, Joelson Junior diz que não existe uma época ou um público específico para Harry Potter. Diz também que as vendas surpreendem todas as expectativas e que apesar da pirataria, os livros venderam muito. "Não somente o livro, mas a linhas de produtos, tais como DVD's, produtos escolares, manuais de bruxarias e revistas."


"Pegar o livro, sentir as páginas, ver aquelas letras pedindo para serem lidas é a melhor sensação do mundo. Vou prestar vestibular esse ano e acho que a emoção de passar na faculdade é igual á sensação de acabar de ler o livro." declarou a fã e presidente de fã-clube, Nicole Galera. "Toda a comunidade de fãs desejam olhar e dizer 'esse livro é meu'".


as o que afinal tem de especial em um livro? O que faz de Harry Potter essa febre de mais de 10 anos?
É "irrespondível". Nem J. K. Rowling sabe. A linguagem? Muitos autores escreveram dessa forma. A temática? O enredo? A forma de contar? O mundo imaginário? A fuga da realidade? Sim, talvez.



Vale a pena conferir
Especial da Livraria Saraiva



sábado, 10 de novembro de 2007

E mais música por aí!

Foto: www.paschoalfestival.com.br
Houve-se falar em muitos festivais de música hoje, e é na quadra da escola de uma cidade pequena, na Grande São Paulo, que ocorre o Paschoal Festival, um evento que promete abrir grandes portas para o sucesso de músicos iniciantes na carreira.

Pelo quinto ano consecutivo o Paschoal Festival fez um grande sucesso na cidade de Embu-Guaçu. Esta última edição realizou-se nos dias 19, 20 e 21 de outubro na E.E. Paschoal Carlos Magno. Com o intuito de promover o intercâmbio cultural entre os jovens das mais diversas tribos participantes, incentivando-os na busca pela música e pela descoberta do próprio talento, o festival também realiza uma ação social, na arrecadação e distribuição de alimentos.

O evento é organizado pelo professor de artes e maestro Sidney Lissoni, juntamente com sua equipe. Ele ressalta que “Não há nenhum fim lucrativo para o festival, somente cultural. Há um valor do evento em si e as pessoas da região esperam o ano inteiro por ele. Caso seja extinguido, não haverá nenhum tipo de evento musical na cidade”. Lissoli comentou também que há planos para o Paschoal Festival de mudar de lugar e ir para o ginásio de esportes local.

Clodoaldo Leite da Silva, diretor da escola há seis anos diz que “Os alunos passaram a se interessar mais pela música, e alguns rótulos de que roqueiros, por exemplo, são bandidos, bagunceiros, foram desmistificados”.

O Paschoal Festival possibilita que bandas dos mais variados estilos se inscrevam, e nesta última edição, a banda vencedora nas duas categorias vigentes (cover e original) foi o RCA (Resgatando e Consolidando Almas). A banda se difere das demais pelo estilo musical, rock gospel. E o vocalista Bruno confessa: “A princípio não esperávamos nem a aceitação da banda no ato da inscrição, mas depois pessoas nos procuraram dizendo que o som que tocamos fez uma diferença” e o guitarrista Luiz Henrique ainda acrescenta: ”As pessoas achavam gospel um estilo que não é legal, e é cafona, mas depois viram um lado diferente da música gospel e acharam bacana”.

Foto: Divulgação
O RCA é composto pelo vocalista Bruno, baterista Levi, tecladista Érika, guitarrista Bruno Pedroso, guitarrista Luiz Henrique e baixista Dário. Existe há um ano e três meses e agora conquistou o prêmio de gravar um cd demo, para divulgar o trabalho. Segundo Levi, “o foco da banda é pregar a palavra de Deus através da música, aceitamos convite para qualquer tipo de evento”.

Segundo Lissoni, o 6º Paschoal Festival tem previsão para agosto de 2008 e promete muitas surpresas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sebos Online


(créditos da foto: Estante Virtual)


Localizar e comprar livros na internet nunca foi tão simples. Criado em 2005, o site Estante Virtual (http://www.estantevirtual.com.br) conta com um serviço de busca e cadastro de sebos e livros em todo o território nacional, permitindo a venda e negociação de material literário no conforto do lar.

O Estante Virtual conta com mais de 600 sebos em um único portal, concentrando lojas de todo o Brasil, o que cria uma facilidade de localização do livro desejado sem que necessite uma frustrante e cansativa pesquisa manual em sebos. Tudo é automatizado e apenas a distância de um clique.

Para Marco Gaspari, dono do Mister Sebo, de São Paulo, o sistema criado pelo Estante Virtual facilita a vida não apenas dos clientes, como também dos próprios proprietários das lojas, pois exclui a necessidade de gastos na criação de um site pessoal para o sebo, pois o custo envolvido com o cadastro de lojas na Estante depende do serviço escolhido, podendo ser até de graça.

O sistema permite que o vendedor forneça informações básicas do livro que cadastrou, como número da edição, editora, ano e estado físico, o que cria uma comodidade grande em relação ao mundo real, afinal, não há necessidade de se correr pela cidade atrás de determinada edição de determinado livro, podendo apenas com uma busca online localizar o desejado.

A negociação depende de ambas as partes. Normalmente, o pagamento é feito através de deposito bancário e o envio, via correios, com o frete dependendo do peso do livro e da velocidade de emprega desejada. Quanto mais pesado e mais veloz, maior é o frete. O envio mais comum é pela encomenda registrada.

O Estante Virtual pode ser acessado em
http://www.estantevirtual.com.br e, diferente das lojas físicas, funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, e o acervo de livros cresce a cada dia. Aos compradores, bons negócios, e aos vendedores, bom lucro.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Entrevista com Antonio Candido



Antonio Cândido, escritor, militante durante o governo Vargas e professor emérito da Universidade de São Paulo, ao longo de seus 89 anos, editou diversos livros e trabalhou como professor de pós-graduação e crítico literário. Antonio Cândido recebeu a equipe do Untitled em sua casa para uma entrevista sobre a influência dos livros na sociedade brasileira e em si mesmo.

Untitled: Como começou sua relação com os livros?

A.C: Eu acho que o livro, como tudo na vida, pode ser objeto de atração maior, ou menor. Meu pai e minha mãe tinham biblioteca em casa, não muito grande, porque parte da nossa biblioteca tinha ficado no Rio de Janeiro onde nós morávamos, mas uma biblioteca muito boa. Então eu gostava de livros, sempre gostei e eu tinha uma grande ânsia para aprender a ler. Eu gostava muito de ler, por exemplo, livro de leitura para a escola primária, que tinha estorinhas, poemas e eu desenvolvi um grande interesse pelo objeto do livro em si. À medida que eu fui crescendo, quando eu ia numa casa eu me sentia atraído pelo livro, não pelo móvel, pelas pessoas, ficava olhando... Então eu acho que há certas pessoas que têm amor pelo livro. Há intelectuais que se interessam, sobretudo, pelo conteúdo do livro, a mim interessava também pelo livro. Tanto é assim que eu sempre comprei muito mais livros do que tinha necessidade. E tem outra coisa: você sabe que o professor depende muito dos livros, para preparar aulas, para resolver problemas dos alunos. Comprava por prazer porque era um vício. Eu quando era moço deixava até de fazer despesas essenciais para comprar livro.

Untitled: Você sentiu diferença no livro como produto e como fonte de interesse de quando você era pequeno ao longo da sua vida?

A.C: Aqui no Brasil, do meu tempo de menino para cá a quantidade de livros cresceu extraordinariamente, inclusive havia editoras que mandavam imprimir os livros na Europa. O maior editor de literatura, o mais importante era o Garnier do Rio de Janeiro, os livros eram impressos em Paris, porque ele era editor na França e no Brasil. Aqui editava-se poucos livros, mandavam editar muito em Portugal e as editoras portuguesas editavam muitos autores daqui. O primeiro tipo de livro que começou a ser feito aqui no Brasil foi o livro didático, por um português chamado Francisco Alves. Monteiro Lobato foi muito importante porque ele disse “nós precisamos ter um livro brasileiro com cara brasileira, nós ficamos imitando livro francês, português”, então ele criou a Editora Monteiro Lobato. Enfim, isso foi crescendo, quando eu era menino, na década de 30 as editoras se multiplicaram muito e hoje em dia é um mar. Mas as tiragens são sempre relativamente pequenas. Mas o Brasil sempre absorveu pouco livro, é um país de pouca leitura. Na cidade de Buenos Aires há mais livrarias do que em todo o Brasil. A Argentina tem uma população de 30 milhões de habitantes e o Brasil de quase 200 milhões. Lê-se muito mais na Argentina do que no Brasil.

Untitled: E agora com o advento da tecnologia, você sentiu muita influência no hábito de ler com todas essas fontes de informação?

A.C: Eu me desliguei da Universidade quando a televisão ainda não tinha esse volume fantástico que tem hoje, mas o que eu observo hoje em dia é que as crianças que gostam de história e narrativa, que antes ficavam lendo livros infantis, passaram para os quadrinhos e televisão. Então já ouvi falar que a televisão poderá matar o livro. Agora, a idéia é saber se outros processos vão substituir o livro. Isso é muito difícil para um homem da minha idade avaliar. Eu respondo um pouco como o meu amigo José Mindlin. Ele respondeu “Eu não sei se é possível haver um mundo sem livros, creio que não. Mas se for possível um mundo sem livros, eu não gostaria de viver nesse mundo.”



segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O outro Festival

Há um tempo atrás falei sobre o GAS Festival.
Hoje volto a falar sobre o Festival, mas dessa vez sobre o MIX Festival, um evento recehado de shows promovido pela rádio MIX 106.3FM.
O evento anual contará nesta 8ª edição com shows de NxZero, Pitty, Charlie Brown Jr, Cidade Negra, Fresno, Strike, Capital Inicial, CPM22 e Natiruts.
Acontecerá na Arena Skol do Anhembi no dia 24 de novembro ás 13h. A Arena Skol está localizada na Av. Olavo Fontoura, 1209 - Santana - SP.

Os ingressos custam R$ 20,00 e a meia R$ 10,00 e podem ser comprados nos seguintes pontos de venda:

- Sede da rádio MIX - http://www.mixfm.com.br/
- Estádio do Morumbi
- Estádio do Pacaembu
- Parque São Jorge
- Ginásio do Ibirapuera
- Estádio do Canindé
- Estádio do Palestra Itália
- Ginásio de Esportes José Corrêa (Barueri)
- Estádio José Bruno Daniel (Santo André)
- Shopping Moto e Aventura
- Site Ingresso Fácil - http://www.ingressofacil.com.br/

Ao contrário da maioria das edições anteriores, esta edição não contará com artistas internacionais pelo menos por enquanto.



Crédito da imagem: http://www.mixfm.com.br/

sábado, 27 de outubro de 2007

Bueiro artístico


Créditos da foto 'Cof Cof': http://www.flickr.com/photos/sao/

Há um ano e meio a dupla de artistas Leonardo Delafuente (D lafuen T) e Anderson Augusto (SÃO) comanda um projeto que colore e dá vida aos bueiros dos bairros Moema, Barra Funda e Bom Retiro, em São Paulo.

O projeto denominado 6 E MEIA tem esse nome pois justamente às seis e meia os ponteiros do relógio apontam juntos para baixo, com a intenção de chamar o olhar do pedestre para o chão. Mas não o olhar comum, aquele que busca desviar os pés dos obstáculos das calçadas mal-tratadas pelas circunstâncias de uma São Paulo esquecida no calor do estresse. E sim aquele olhar de atenção, interrogação, ou até que gera risos nos rostos que circulam pelo centro.

As diferentes pinturas de animais, personagens e objetos levam a uma posterior reflexão dos pedestres, que antes, viam uma simples boca-de-lobo, um pouco de concreto, um buraco por onde escorria a sujeira deixada ao esquecimento pela população ou apenas um bueiro cinzento.

A dupla tem como intuito, ao chamar atenção da população para os bueiros, mostrar o que está esquecido aos olhos que passam por eles e humanizar a cidade, melhorando o lugar em que vivemos, de maneira a chamar atenção das pessoas com relação à conservação, renovação e modificação do meio.

Não há nenhum tipo de patrocínio para os jovens artistas, que tiram os fins de semana para espalhar o grafite pelas tampas de boca-de-lobo de São Paulo. Pelo contrário, algumas poucas das mais de cinqüenta pinturas foram apagadas pela manutenção da prefeitura local. Mas a busca por criar continua. E se depender da maioria da população continuará.

O próximo passo será fazer jus ao nome da Rua do Bosque, tornando-a um real bosque de grafites e espalhando, assim, cores por luminárias, muros, calçadas, postes, bueiros e pelas mais diversas superfícies da rua, que ficará conhecida como Surreal. Mas para isso, será necessário ter autorização de empresas como Telefônica, Sabesp, Eletropaulo e da Prefeitura Municipal.

Para ver mais fotos e obter mais informações, basta ir ao site oficial do projeto 6emeia.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Dança o síndico!


Sebastião Rodrigues Maia era duro de encarar. Se estivesse num mau dia, melhor era nem chegar perto. Capaz de grandes gestos e as maiores armações, não foi só o temperamento instável que o tornou conhecido. O suingue e a versatilidade de Tim Maia fizeram dele o maior artista da soul-black-disco-pop music do Brasil.

O início da carreira no bairro da Tijuca foi pontuado pela perceria com Erasmo e Roberto Carlos, mas de lá ele desembarcou em Nova York, formou a banda The Ideals. Vivia de bicos e pequenos furtos. Voltou para o Brasil deportado para misturar baião e samba a tudoo que tinha aprendido por lá. Só pisou na terra do Tio Sam novamente dois meses antes de morrer, em 1998, para reencontrar os lugares por onde passou.

Todas essas histórias e muitas outras estão virando biografia nas mãos do jornalista Nelson Motta, que se dedica à empreitada desde 2000. O crítico de música era amigo de Tim e vai poder analisar melhor do que ninguém a obra deste compositor que passeou do black ao brega romântico sem perder o público e o rebolado.

Em São Paulo a Orquestra Imperial junto com a cantora Mariana Aydar, o "ex-Los Hermanos" Marcelo Camelo e Toni Garrido, do Cidade Negra, apresentam dia 31/10 versões originais dos sucessos mais dançantes de Tim Maia. O projeto tem a curadoria e direção musical do prórpio Nelson Motta, que prepara o terreno para lançar o livro no ano que vem.
Viva o Síndico!

Tim Maia Imperial De Luxe
Tom Brasil Nações Unidas: R. Bragança Paulista, 1281, Sto. Amaro
31/10, às 21h30
R$ 40 a R$100

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ela Deseja Vingança


Créditos da foto: http://www.last.fm/music/She+Wants+Revenge/+images


A dupla She Wants Revenge, naturais de Los Angeles, é uma das atrações confirmadas para a edição de 2007 do festival de música alternativa Nokia Trends, que acontecerá em dezembro na cidade de São Paulo e cujos ingressos já estão a venda. Porém, a banda é pouco conhecida entre os brasileiros e mistura, entre suas influências, o Joy Division com gótico e dance, criando um som bastante único e característico.

Com dois CDs lançados e clipes curiosos, o She Wants Revenge cria músicas dançantes, mas com atmosfera sombria, normalmente focada em desilusões amorosas e sobre angústias de jovens. A banda é composta por Justin Warfield e Adam Bravin e atingiu o sucesso com o single Tear Your Apart, do CD de estréia, "She Wants Revenge", cujo clipe recebeu distribuição internacional.

Além deles, o Nokia Trends já confirmou em sua setlist internacional os australianos do Van She e os americanos do Underground Resistance. Ambas as bandas seguem o formato do festival: misturar rock alternativo com música eletrônica.

O festival ocorrerá no dia 8 de dezembro no Memorial da América Latina, na Barra Funda, e a venda dos ingressos já foi iniciada, com censura em 18 anos. Os preços variam de 50 a 100 reais e podem ser comprados em postos de venda Ticketmaster ou na internet, em http://www.ticketmaster.com.br

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

O relançamento de um clássico

Vencedor do Grammy de Álbum do Ano em 1988 e considerado um dos melhores CDs de todos os tempos, The Joshua Tree, o trabalho que transformou o U2 em um fenômeno mundial, será relançado no aniversário de 20 anos de seu lançamento, em uma edição especial limitada recheada de extras.

O álbum é composto de muitos dos clássicos do U2, como "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e "With or Without You", foi um sucesso no mundo todo, atingindo primeiro lugar nas paradas simultâneamente tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos, marca rara para álbuns de rock. Foi produzido por ícones do rock, como Brian Eno, e vendeu mais de 25 milhões de cópias no mundo todo.

A nova edição será vendida em diversos formatos e estará totalmente remasterizada. Serão elas: uma edição simples em CD; um CD duplo de capa dura; uma caixa com dois CDs e um DVD e um pacote de dois vinis. As edições duplas e especiais irão conter demos, lados b da época e um documentário exclusivo no DVD.

A nova edição estará disponível nas lojas do exterior no dia 20 de novembro.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Lançamento com sabor de revolta

O DVD "MTV 5 bandas de rock" é lançado após um longo e tenebroso inverno (literalmente). O show, gravado nos dias 13 e 14 de fevereiro, na Via Funchal, em São Paulo, contou com a participação de Fresno, Hateen, Forfun, NxZero e MopTop. Essas bandas são a representação mais clara do que é a música jovem no Brasil de hoje.
As bandas, consideradas EMO (não retomarei esse assunto...), mandam muito bem quando o assunto é hardcore. Na melodia doce são adicionadas batidas de rock pesado e finalizadas com letras que falam sobre relacionamentos adolescentes e de como a vida não é boa.

Gabriela Belém, comentarista do
UOL Música e parte da redação de outras editorias do site, diz que o DVD mostra como "a histeria feminina desde a época da 'Beatlemania' persiste nos dias atuais" além de "A diferença entre a qualidade da música daquela época e a de hoje é o que marca o trabalho. O DVD revela a o emocore nacional, enquanto a euforia de outrora vislumbrava uma das eras de ouro do rock."
Discordando da colega jornalista, aplaudo de pé a iniciativa da MTV de promover um evento desse. Tudo o que acredito esta sendo mostrado pela maior e melhor mídia musical, a MTV: o show "MTV 5 bandas de rock", o VMB 2007 e o crescente aumento da popularidade das bandas que são classificadas como "modinhas".
Não quero dizer que NXZero ou Fresno se tornaram Beatles ou Rolling Stones, mesmo porque o estilo musical é diferente. Se for realmente "modinha", essa "modinha" conseguiu conquista uma geração de pessoas.

Entrevistas com as bandas e making off tomam conta dos extras do DVD. O custo médio é de R$ 40,00 e pode ser encontrado em todas as livrarias e lojas especializadas.




Crédito da imagem: http://www.allcenter.com.br/allcenter/produto.asp?ID=14556&tipo=&depID=dvd

Mente Brilhante

O brilhantismo não consiste na extensão de seu vocabulário, mas na simplicidade humorística com que é apresentado o cotidiano ao cotidiano. E um homem cujo brilhantismo está à flor da pele é ninguém menos que Luís Fernando Veríssimo.

Filho do grande escritor modernista Érico Veríssimo, Luís Fernando é popularmente conhecido por suas crônicas humorísticas, relatadas em livros como “Comédias da Vida Privada”, “As Mentiras Que Os Homens Contam” e mais recentemente “Orgias”. Ele descreve situações que atendem tanto o comum quanto o ridículo, ou mesmo a fusão do ridículo com o comum, especializando-se em assuntos diferentes a cada livro. Por exemplo seu livro “A Mesa Voadora” guarda crônicas relacionadas a gastronomia, “Comédias Para Se Ler Na Escola” tratam do mundo acadêmico, mas tudo de uma forma simples e bem diversificada.

Luís Fernando, antes de ser escritor, trabalhou como jornalista no periódico Zero Hora, mudando-se posteriormente para o Folha da Manhã. Só então aproveitando o sucesso para produzir seu primeiro livro “A Grande Mulher Nua”. Desde então passou a ser considerado uma “máquina de humor”.

A tragetória pessoal e profissional desse homem pode ser encontrada no link http://www.releituras.com/lfverissimo_bio.asp

sábado, 13 de outubro de 2007

Eternizado "o Senhor dos Palcos"


Créditos da foto: Flavio Florido / Folha Imagem

Teatro, cinema, televisão, sucesso, doença, morte. Ele foi, é e sempre será um grande homem para a cultura brasileira. Nascido – não por acaso – em 7 de setembro de 1922, o magnífico ator Paulo Autran “partiu dessa para melhor” na tarde deste feriado de 12 de outubro.


Consagrado como “o Senhor dos Palcos” pela extensa carreira pelos teatros brasileiros, Autran fez história. Apesar de não gostar muito, na televisão fez trabalhos como “Pai Herói”, “Os Imigrantes”, “Guerra dos Sexos”, “Sassaricando”, “Hilda Furacão” e “Gabriela Cravo e Canela”. No cinema atuou em filmes como “Uma Pulga na Balança”, “Terra em Transe”, “O País dos Tenentes” e seu último trabalho: “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”.


Foi nas mais de 80 peças que participou, onde Autran consagrou sua carreira, com prazer e muita satisfação. Sem ele o teatro nacional não seria o mesmo. Algumas das peças foram: 'Otelo', 'Antígone', 'My Fair Lady', 'Liberdade, Liberdade', 'A Morte do Caixeiro Viajante', 'Visitando o Sr. Green' e 'Adivinhe quem Vem para Rezar”.


Há cerca de um ano, o ator sofria com sérios problemas de saúde, e mesmo assim continuava a fumar. A luta travada contra o câncer de pulmão e o enfisema pulmonar o levou a morte no consagrado 12 de outubro de 2007. A cultura brasileira lamenta, mas eterniza a carreira e os grandes feitos do esplendido Paulo Autran.


"Recebemos com imensa tristeza a perda do nosso grande ator Paulo Autran. Ele nos deu o privilégio de apreciar o seu talento em momentos inesquecíveis do teatro, do cinema e da televisão. Paulo Autran engrandeceu a dramaturgia e o Brasil com suas interpretações, que fizeram rir, chorar e refletir. Atuou até seus últimos dias e deixará um vazio que muito sentiremos na cena brasileira. Temos certeza que, de alguma forma, ele estará presente como exemplo de talento da arte dramática para os atores mais jovens". Declaração de Luís Inácio Lula da Silva, Presidente da República.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Clapton, por ele mesmo


As grandes "Lendas do Rock" não levam esse título por acaso. Filhos das décadas mais culturalmente revolucionóarias do século XX, eles lançaram tendências, pregaram suas mensagens e viraram mito. Muitos não sobreviveram à intensidade daqueles anos experimentais para contar suas histórias. Outros, como o guitarrista Eric Clapton, tornaram-se sessentões despudorados e com uma bagagem invejável, dispostos a contar a própria versão dos fatos.

Chegou às lojas de Londres nesta terça feira, 9 de outubro, a autobiografia de Clapton entitulada simplesmente "Clapton, The Autobiography". Nela "a lenda" pretende não apenas esclarecer picuinhas reveladas no livro escrito pela ex-mulher, mas também matar a sede dos fãs do Rock n' Roll de histórias dos bastidores daquela época "envenenada".

Clapton já revelou que vai falar do casamento com Patty Boyd, musa imortalizada na famosa canção Layla, onde ele assume ter "ficado de joelhos por ela". Patty, todos sabem, era mulher do beattle e amigo George Harrison, mas Clapton apaixonou-se pela ex-modelo e teve de esperar alguns para finalmente casar-se com ela em 1979. Depois de Patty, o guitarrista perdeu um filho tragicamente do seu segundo casamento e para ele compôs Tears in Heaven.

A nada-mole-vida do astro passada a limpo vai poder ser conferida em breve no Brasil. Ali também será possível relembrar os tempo da banda Cream e as parecrias famosas.
De quebra os fãs levam uma coletânea dupla com os maiores sucessos de Clapton, numa comemoração dos 40 anos de carreira do ídolo.

Crédito da imagem:

www.radio.usp.br/imagens/eric_clapton2.jpg

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

In Rainbows

(fonte da imagem: http://www.inrainbows.com)

Ontem, dia 10 de outubro, a música digital deu um passo a frente com o lançamento do sétimo álbum da aclamada banda Radiohead, In Rainbows. O motivo? Não havia um preço definido para o álbum, que está sendo distribuído digitalmente, e permitia ao comprador decidir que preço pagar, incluíndo a opção de não pagar nada.

A tática da banda era ser democrática: ao distribuir o álbum digitalmente, exclui a necessidade de uma gravadora para lançar o trabalho em formato de CD, logo, o preço seria apenas os que o comprador resolvesse pagar. Tal iniciativa da banda combina com o próprio estilo de seus trabalhos, sempre bastante inovador e único.

A iniciativa do Radiohead tem conquistado outros músicos. A banda Nine Inch Nails, projeto musical de Trent Reznor, também deve optar pelo conceito de In Rainbows, se livrando assim da necessidade de gravadoras, algo que sempre atrapalhou seu trabalho. Para os músicos que podem se dar ao luxo desse formato, é uma boa oportunidade de liberdade de trabalho e expressão.

O Radiohead se tornou mundialmente famoso com o lançamento do terceiro álbum, denominado "Ok Computer", que ia contra todos os padrões do rock da época, ao misturar um rock alternativo inovador com sinterizadores, criando um álbum considerado de vanguarda, considerado um dos álbuns mais influentes da história da música.

In Rainbows será lançado em uma edição especial dupla, numa caixa limitada, custando por volta de R$160,00. Quem quiser adquirir o álbum, é só entrar no site oficial e se registrar: http://www.inrainbows.com , lembrando que é necessário um cartão de crédito para realizar o pagamento. Quem desejar não pagar, só precisa se registrar e esperar o e-mail com as informações para baixar.

sábado, 6 de outubro de 2007

Balanço Geral ~ Os Vencedores do VMB 2007

NxZero foi destaque na noite do VMB
[Foto de Caetano Barreira/Argosfoto - Retirada de http://www.g1.com/]


Para completar o post que fiz mês passado, resolvi falar essa semana sobre a tão comentada e aguardada noite do VMB, os vencedores e seus momentos inusitados!

E o grande vencedor do ano foi... NX Zero! A banda “emo” – apesar de não gostar do rótulo – ganhou 2 dos prêmios mais importantes do ano: Artista do Ano e Hit do Ano, com o grande sucesso “Razões e emoções”.

Aliás, as bandas emos mostraram a que vieram! O prêmio Revelação foi vencido pelo Fresno, e a nova categoria, Aposta MTV, pelo Strike. Para completar o “set”, Fabrício Martinelli, guitarrista da banda Hateen – também considerada emo - foi escolhido para tocar na “Banda dos sonhos”. Acompanhado por Pitty nos vocais, Champignon (Revolucionnários) no baixo e Japinha (CPM22) na bateria, a “Banda dos sonhos” tocou “Ainda é cedo”, da Legião Urbana.

Pitty também foi a outra grande vencedora da noite, levou o troféu de Clipe do Ano, pela música “Na sua estante”. A banda Cachorro Grande, apesar das várias indicações, levou o prêmio na categoria Show do Ano. Então, fica a dica: se a banda tocar na sua cidade, não deixe de conferir!

Os shows internacionais de Marylin Manson e Juliette & The Licks, que fez o show de abertura da premiação, foram outros momentos de destaque da noite. Mas o ponto alto foi realmente o anúncio da categoria Web Hit! O prêmio foi apresentado pela turma do Pânico e ao chamarem Cris Nicolotti, cantora de “Vai tomar no c*”, a platéia uniu-se em coro e cantou o maior hit recente da internet.

De polêmica, a noite só teve a discussão sobre quem era o assassino da personagem Taís, da novela global Paraíso Tropical. Marcos Mion e Penélope Nova entrevistaram os convidados para tentar descobrir quem era o assassino da personagem de Alessandra Negrini. Aliás, em função do penútimo capítulo da novela, a premiação começou mais tarde, às 22h33.

Se você perdeu, pode conferir alguns trechos da noite e dos shows no Youtube.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Encarando o Capeta


Já nos cinemas o filme mais recente do diretor Moacyr Goés (Xuxinha e Guto Contra os Monstros do Espaço e Maria, Mãe do Filho de Deus) O Homem Que Desafiou o Diabo. Baseado na obra literária As Pelejas de Ojuara, de Nei Leandro de Castro, o filme recebeu nota nove e bolinhas no Guia da Semana.

Narra a história da Zé Araujo, um caixa da cidade de Jardim dos Caiacós, que seduz a filha de um comerciante e é forçado a casar-se com ela. Aprisionado tanto pelo casamento quanto pelos negócios que seu sogro lhe impõe, o protagonista foge da cidade e adota o nome de Ojuara. Entretido na boêmia que ele mesmo persegue, Ojuara acaba se envolvendo num confronto entre o Cão Miúdo, vulgo Santanás, e um Preto-Velho. Quando defende o Preto-Velho, recebe a denominação popular de "O Homem Que Desafiou o Diabo", o que implicará em diversas peripércias posteriores.

O elenco é composto por Marcos Palmeira, Fernanda Paes Leme e Flávia Alessanda, centralmente. A censura restringe menores de 14 anos, compreensível considerando o gosto exagerado do protagonista por mulheres, e o filme possui uma hora e quarenta de duração aproximadamente.

Cheque o horário do cinema mais próximo caso o interesse tenha surgido.

Imagem retirada de http://www.imdb.com/

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Sem gêmeas, mas com duas caras

“Paraíso tropical” acabou e deixou muitos órfãos. O que será de nos sem a Bebel? E sem o casal-colírio Daniel e Paula? O que faremos sem o glamour e as safadezas de Marion? E como viveremos sem as dramáticas brigas de Antenor e Lúcia?

Mas não se desesperem. “Duas caras”, novela de Aguinaldo Silva, promete não só uma temática incrível mas também um elenco “de categoria”.
Traição, disputa de terras, política, troca de rosto, alcoolismo e mudanças de personalidade são alguns dos temas que serão abordados na trama.

Marjorie Estiano viverá a jovem milionária Maria Paula que perderá os pais num acidente de carro. Adalberto Rangel (Dalton Vigh) se aproximará dela dizendo que a mãe da moça pediu para tomar conta da filha caso algo acontecesse a ela. Maria Paula acreditará em Adalberto e casa-se com ele em comunhão de bens. Não é difícil adivinhar o que acontecerá...
Adalberto dá o golpe na jovem, deixando-a na miséria. Com medo de que o encontrem, o rapaz vai para Honduras e faz diversas cirurgias no rosto até ficar irreconhecível. Mudará também de nome, passando a se chamar Marconi Ferraço, um bem-sucedido empresário da construção civil.

O resto, só assitindo.

Além de Marjorie e Dalton, todas as noites teremos um encontro com Antônio Fagundes, Suzana Vieira, Renata Sorrah, Lázaro Ramos, Stênio Garcia e grande elenco que promete fazer da novela um show de atuação.

A primeira fase da novela é composta por dez capítulos. A segunda fase será iniciada após ter passado dez anos. ‘“Duas Caras’ discute as mudanças que cada um é obrigado a viver, por vontade própria ou por surpresa do destino” (fonte: Winkipédia)

A temática mais séria fica por conta de Antônio Fagundes e Lázaro Ramos. Uma favela cenográfica foi construída que servirá de espaço para o confronto entre poder e conforto público.

Que liguem os televisores! “Duas Caras” começará!


A novela começa ás 21 horas, horário de Brasília, logo após o Jornal Nacional.

sábado, 29 de setembro de 2007

Sexagenário


Créditos da foto: Site do Masp


Cartão postal da cidade de São Paulo, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) completa na próxima terça-feira, dia 2 de outubro, os seus sessenta anos de existência. A comemoração será iniciada no dia seguinte, 3 de outubro, com abertura da exposição “A Arte do Mito”, focada em mitologia.

Na mostra, uma nova divisão de obras será feita: a divisão clássica será substituída por uma divisão temática, com obras de períodos diferentes, uma iniciativa do curador Teixeira Coelho. O segundo andar do museu – que estava fechado há um mês – será reaberto.

O Masp, que é um ponto de referência para os paulistas, está em crise, com dividas e sem dinheiro. O problema está na falta de patrocinadores para a instituição. Qualquer obra do museu poderia pagar a dívida e ainda sobraria dinheiro, porém a valor histórico e cultural do acervo impede a venda de quer objeto que seja pertencente à instituição. Com mais de 7 mil obras, o acervo do Masp está avaliado em aproximadamente US$ 1,5 bilhão e é o mais respeitado da América Latina.

As próximas três mostras serão: “A natureza das coisas”, com paisagens e naturezas mortas, logo depois “Olhar e Ser Visto”, com retratos e auto-retratos, e para finalizar a montagem “Arte Religiosa”, mostrando trabalhos religiosos.

O Masp está localizado na Avenida Paulista, 1578 - São Paulo – SP e o horário de funcionamento é às quintas-feiras, das 11h às 20h e às terças, quartas, sextas, sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h. A entrada é franca às terças-feiras e para menores de dez ou maiores de sessenta anos, e R$ 15,00 (inteira) ou R$ 7,00 (meia) nos demais dias.

Para mais informações sobre o museu mais respeitado da América Latina, basta entrar no site
http://www.masp.uol.com.br ou entrar e contato pelos telefones (11) 3251-5644 / fax (11) 3284-0574.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Com vocês, o mordomo!



A culpa sempre é dele. Tornou-se clássica a atribuição de crimes e gafes aos mordomos do mundo todo. Desde Agatha Cristie, Sherlock Holmes e Alfred Hitchcok, esses personagens onipresentes e ao mesmo tempo invisíveis na intimidade do ambiente doméstico assumiram a responsabilidade sobre os acontecimentos, verdadeiros "laranjas" da literatura e cinema.

Desta vez será diferente. O diretor João Moreira Salles aproveitou a figura de Santiago, mordomo da família Salles para fazer um"mea culpa" e discecar as ilusões que se escondem nas verdades construídas do cinema documental. Em Santiago, seu mais recente trabalho, o diretor de Notícias de Uma Guerra Particular, Nelson Freire e Entreatos, escancara a construção dos discursos.

O material bruto do filme ficou guardado por 13 anos sem que João encontrasse uma solução para ele. Passado esse longo período e após o reconhecimento como profissional, ele desengavetou os negativos e voltou à ilha de edição para tentar entender o que não havia dado certo e concluiu: a culpa não era do mordomo e sim do próprio João Moreira Salles que, preocupado em atingir seus objetivos como diretor, esqueceu de dar voz ao Santiago que ele queria retratar.

O que ficou evidente com o passar dos anos foi a relação patrão-empregado da qual não conseguiu se desfazer durante as entrevistas. Santiago, homem culto e extremamente original, ficou subaproveitado por causa da rigidez do diretor, na época, iniciante.

O resultado do filme que está hoje nos cinemas é uma autocrítica corajosa e uma reflexão brilhante sobre as armadilhas do olhar na sétima arte. O expectador vai para conhecer o mordomo e ganha de brinde a análise do diretor.

Crédito da imagem:
www.overmundo.com.br

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O Clamor do Anticristo

(crédito: Alexandre Schneider)

Na última quarta feira, 26 de setembro, Marilyn Manson, o "Anticristo Superstar", se apresentou no Via Funchal após 10 anos de sua última vinda ao Brasil, durante sua fase mais destrutiva, em 1997, onde queimava bíblias, se mutilava e mantinha sempre uma pose agressiva, controversa. Ainda que mantendo a aura polêmica ao seu redor, o Marilyn Manson que se apresentou em 2007 mostrou seu lado mais sensível e romântico.

Com preços altos, os ingressos do show não se esgotaram, mas nem por isso o Via Funchal estava vazio: uma multidão de diversas tribos, raças e opções sexuais se reuniram para ver o show de Manson. A diversidade era tanta que era comum ver góticos, de roupas longas e negras, coexistindo com patricinhas de vestido dourado e salto alto. Os seguranças do evento circulavam pela pista, procurando por drogas ou problemas que poderiam surgir durante o show.

O show foi aberto pela apresentação da banda Maldita, composta por cariocas e com som semelhante ao de Manson, o já raro "industrial". Com um show rápido, a banda já entrou no palco com atraso, de cerca de 35 minutos e não empolgou a platéia, que clamava o nome de Manson a plenos pulmões. Mesmo empunhando um fuzil, o vocalista não conseguiu chamar a atenção e as palmas rasgadas no final se deram pelo solo de bateria que encerrou a apresentação, quase como uma despedida.

Após mais um atraso, por volta das 22:30, Marilyn Manson e sua banda subiram no palco, começando o curto show que realizariam, com cerca de uma hora e vinte minutos. A apresentação, contida, mostrou o polêmico "anticristo" em roupas discretas e atitude romântica, quase feliz. No repertório, sucessos de seus sete CDs, porem, com apenas 13 músicas executadas, muitas passagens marcantes de sua carreira foram deixados de lado, como a famosa música que leva seu nome "de guerra", "Antichrist Superstar" e o seu provável maior sucesso comercial, a versão de "Tainted Love" que gravou para uma trilha sonora.

Mesmo com um show curto e contido, a passagem de Marilyn Manson pelo Brasil ficará marcada pela polêmica apresentação no VMB, da MTV, cercada de exigências excêntricas do cantor que levaram a produção do programa a loucura e por sua exposição de aquarelas na galeria Oscar Freire, que será iniciada dia 28. Aos fãs, resta a saudade e a expectativa que, em menos de 10 anos, ele volte a se apresentar no Brasil.

Setlist do Show:
"If I Was Your Vampire"
"Disposable Teens"
"mOBSCENE"
"Irresponsable Hate Anthem"
"Just a Car Crash Away"
"Sweet Dreams"
"Lunchbox" (trecho)
"The Fight Song"
"Putting Holes In Happiness"
"Heart-Shaped Glasses"
"The Dope Show"
"Rock Is Dead"
"The Reflecting God"
Bis: "Beautiful People"

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Além do que se vê

Foto aérea do Centro de São Paulo

A minha dica de hoje vai para quem está de bobeira e quer fazer um programa sem gastar muito. Contra o tédio, e para ver o mundo de uma nova forma, recomendo o centro de São Paulo. Para quem gosta de caminhar e ver o dia a dia das pessoas da metrópole, um passeio pelas ruelas e grande avenidas do centro é algo surpreendente.

Começaremos pelo Viaduto do Chá. De lá, vemos os lindos jardins do Vale do Anhangabaú, que é bem movimentando e onde podemos ver de skatistas a aposentados. Virando, temos o Theatro Municipal, que é um espetáculo aos olhos de qualquer um! E do outro lado, a prefeitura de São Paulo. Por perto, ainda temos a galeria do rock, onde pode-se achar CDs, Vinis, tatuadores, lojas de roupas, acessórios e até cabeleireiro, que atendem às mais diversas tribos.

Para quem gosta das alturas, há o prédio do Banespa que é aberto à visitação até as 17 horas, de segunda à sexta. Ainda nas alturas, temos o Edifício Itália, segundo mais alto de São Paulo, que tem um restaurante no 41º andar, o Terraço Itália, que é aberto a visitação de segunda à sexta das 16 a 17:00h.

Ainda por ali, também temos a Praça da República, que tem uma feirinha bem legal durante os finais de semana, o famoso cruzamento da Ipiranga com Avenida São João e o Copan, famoso prédio projetado por Oscar Niemeyer.

Se você estiver bem disposto, pode voltar um pouco, atravessar o Vale novamente e seguir em direção à Praça do Patriarca. Atravessando as alamedas do centro de São Paulo, chega-se a Catedral da Sé, o Pátio do Colégio e mais além, até a Liberdade – famoso bairro da colônia japonesa. Escolhendo uma outra rota, também é possível chegar até a 25 de março e o Mercado Municipal, e apreciar o famoso sanduíche de mortadela.

Ufa! Para alguns, cansa só de ler, mas já deu pra ver que é possível conhecer muitos lugares legais de São Paulo durante uma tarde e tendo disposição, claro! Mas, sendo o Centro um lugar tão encantador, indico uma tarde para cada "roteiro", pois sempre que você puder passear por lá novos lugares podem ser descobertos e explorados!

Para quem estiver ainda meio perdido, deixo a indicação do site SAMPACENTRO, onde é possível encontrar maiores informações sobre o centro, desde mapa até programação do rola por lá.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

(A)Live 2007


A dupla francesa Daft Punk, responsáveis pelos sucessos da música eletrônica "One More Time", "Harder, Better, Faster, Stronger" e "Tecnologic", lança no dia 20 de Novembro um álbum ao vivo do show apresentado em Paris dia 14 de Junho deste ano.

O álbum, chamado Daft Punk Alive 2007, será liberado para venda em duas versões: uma somente com um disco e outra, uma edição especial com dois disco, o encore e mais um livro de 50 páginas. De acordo com Thomas Bangalter, um dos membros da dupla, o álbum comemorará a volta da banda a Paris, cidade natal de ambos os componentes, após 10 anos sem tocarem na cidade.

A música "Harder, Better, Faster, Stronger", versão editada, ganhou até um vídeo, dirigido por Oliver Gondry.

A banda deve retornar aos Estado Unidos no final de Outubro, para participar do Vegoose Festival em Las Vegas, com propostas para shows até o final do ano que vem.

Imagem retirada de http://www.xmove-production.com/

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Muito além do spray de cabelo

Você está indo ao cinema sem saber que filme assistir. Olha a programação e avista um filme que o nome é pouco convencional. Você então decide arriscar pois está cansado daquelas produções hollywoodianas sem novidades e não tem nada a perder. Você compra pipoca, refrigerante e chocolate, tudo para servir de consolo caso o filme seja ruim...

A primeira cena é de uma moça gordinha que acorda e sai cantando pela casa e pela rua. Seu penteado chama a atenção, assim como o molejo de seu corpo. Você acaba descobrindo que ela é a protagonista e que o filme é cheio de descobertas que fogem do protótipo de thrillers norte-americanos

Estou falando de "Hairspray - Em busca da fama". Um musical que foi lançado a poucas semanas e que faz com que seu corpo se remexa na poltrona. Surpreendentemente você esquece da pipoca. O começo já prende a atenção dos espectador. Tracy, uma moça acima do peso , é a protagonista desta obra que se passa no início dos 60. O sonho dela é brilhar num programa de TV musical, o Corny Collins Show, sensação entre os jovens.
Certo, concordo com você. Aparentemente é somente mais um filme adolescente que desperta a auto-estima e a auto-confiança com o sentimento de luta e determinação. Porém, as cenas seguintes são responsáveis por muito mais que uma lição de vida.

O musical, estrelado por Nicole Blonsky, John Travolta, Zac Efron, Michelle Pfeiffer, Amanda Bynes e grande elenco, tem como palavras-chave o preconceito racial, a ditadura da beleza e dos meios de comunicação, a luta por um sonho, tudo com muito humor, muita música e muitos suspiros.
A rainha da música black, Queen Latifah, conhecida também por seus filmes musicais, faz uma excelente participação mostrando que a black music abala a estutura do ‘mundo branco’.

Mas não posso deixar de falar da volta triunfal de John Travolta em musicais. Após ter se consagrado "Nos embalos de sábado á noite", o ator chega numa versão, digamos, feminina e bem humorada. Ele é Edna Turnblad, mãe de Tracy, que é incentivada pela filha a sair de casa após ter engordado muito. Podemos perceber que, mesmo com muito enchimento e maquiagem, Travolta não perdeu o rebolado, literalmente.

O interessante também é que Tracy, mesmo estando acima do peso, chama a atenção de todos e é feliz consigo mesma. Chama a atenção, inclusive de Link (Zac Efron), uma interessante figura da escola e do programa de TV que namora com o protótipo perfeito de garota.

Se você procura humor, música e romance não deixe de assistir "Hairspray - Em busca da fama".

Título Original: Hairspray
Gênero: Comédia / Musical
Ano: 2007
País de origem: Estados Unidos
Distribuidora: PlayArte
Duração: 117min
Classificação: Livre
Diretor: Adam Shankman




(Crédito das imagens: www.pleasedancewithme.com )

sábado, 22 de setembro de 2007

Tropa de Elite, osso duro de roer

Sucesso exagerado nas bancas de camelôs do Brasil inteiro, o filme “Tropa de Elite” teve – segundo o diretor e roteirista José Padilha – “uma pré-estréia entre aspas” nesta quinta-feira, dia 20. O longa, que abriu o Festival do Rio, mas não participou das competições de longas brasileiros, teve duas sessões: a primeira foi restrita a convidados e a segunda foi pública, iniciada às 23h45, cujos ingressos esgotaram em uma hora.
O filme foi inspirado no livro “Elite da Tropa”, que mostra como é o trabalho do Batalhão de Operações Especiais (Bope) nas favelas do Rio de Janeiro. A história é ao redor de um capitão do Bope que procura para o seu posto um substituto, ao mesmo tempo em que outros as personagens Neto e Matias, policiais que se destacaram pela honestidade e honra, entram para a corporação. Um é deles é exemplo de coragem e o outro de inteligência. A fusão dos dois indivíduos daria com certeza o substituto ideal para Capitão Nascimento.
Apesar de “Tropa de Elite” chegar aos cinemas em 12 de outubro, um cinema de Jundiaí tem o filme em cartaz de 14 a 30 de setembro. A exibição fora da época tem o intuito de garantir a representação do Brasil no Oscar 2008.
Uma cópia não-finalizada do “Tropa” foi vendida e se espalhou por camelôs e pela internet. A rapidez com que as cópias foram popularizadas é indescritível e alguns acreditam que essa popularização através da pirataria ajude muito na publicidade do filme.
Padilha diz que já ouviu muitas opiniões diferentes, mas não tem a sua própria opinião acerca de como a pirataria vai afetar o lançamento, em outubro. E de maneira esperançosa comenta: “’Tropa’ já é um sucesso informal, agora vamos ver se também vai ser um sucesso formal”.
O site oficial do filme é http://www.tropadeeliteofilme.com.br.


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Suingue Sangue Bom


Jorge Mário nasceu na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, morou na rua, conheceu gente que depois faria história na música brasileira, formou o Farofa Carioca, fez sucesso como o Zé Galinha de Cidade de Deus e gahou o mundo inteiro. Nas ruas ele virou o Seu Jorge. Quando caiu no mundo, virou "o homem mais cooll do planeta", a partir das palavras do diretor Wes Anderson. Com ele, Seu Jorge trabalhou no filme A vida Marinha com Steve Zissu.

Num espaço de tempo razoavelmente curto, esse cantor suingueiro que mistura como ninguém samba, funk e soul, fez o que muita gente não faz numa vida inteira. Além dos feitos na carreira, ele tem passaporte para transitar nos ambientes mais populares e nos mais elitizados com a maior classe.

Agora, além de aguadar a estréia ainda sem previsão do último filme que participou, The Escapist, do diretor Rupert Wayatt, Seu Jorge vai botar o Brasil inteiro para dançar ao som de seu novo CD, América Brasil. Com a tour de ônibus ele pretende conhecer mais o país, passando pelas principais cidades e nelas passenado com a bicicleta que vai levar no porta malas. "Quero curtir as cidades, ver o país através delas", diz.

A primeira cidade visitada pelo rei plebeu é São Paulo, que o recebe hoje e amanhã no Via Funchal. No show, além de ouvir os hits como Carolina e Tive Razão o público também vai conhecer em primeira mão o novo trabalho de Seu Jorge, que optou por lançar o CD junto com a turnê. Na saída do show os discos custam R$10. "Desta vez, resolvi levar o show primeiro para a música acontecer no palco." Quem é que não aceita um convite assim?

Via Funchal: R.Funchal, 65, tels. 31884148 e 38974456. Hoje e amanhã, às 21hrs. Ingressos R$80 a R$200


Crédito da imagem:
www.overmundo.com.br/_overblog/img/1176582672...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O Festival Planeta Terra

(Lily Allen)
(fonte da imagem: Last.FM)


Em novembro deste ano acontecerá a primeira edição do Festival Planeta Terra, que vai reunir na cidade de São Paulo 15 atrações, com três palcos disponíveis e uma grande diversidade de bandas.

Contanto com uma grande variedade de estilos, o festival recebe bandas tanto novas como antigas, como a banda de pós-punk Devo, ícone dos anos 80, assim como com sucessos do rock alternativo e pop internacional, como os paulistas do Cansei de Ser Sexy, a polêmica cantora pop Lily Allen e os ingleses do Kasabian, o festival promete diversidade musical e bastante diversão.

Apesar de ainda não possuir um set completo confirmado, os ingressos para o festival já se encontram a venda nos postos Ticketmaster, localizados em toda a cidade. Lembramos que não tentem ir comprar na base do Ticketmaster, a casa de eventos Creditcard Hall, pois o mesmo não oferece ingressos. Os preços estão baixos em comparação com outros eventos similares, sendo R$80,00 a inteira.

O festival acontecerá no dia 10 de novembro, na Villa dos Galpões - Av. das Nações Unidas, 20.003, e contará com mais de 10 horas de música. Até agora, apenas 6 das 15 atrações foram divulgadas: Kasabian, Cansei de Ser Sexy, Datarock, Devo, The Rapture e Lily Allen. Aos fãs de música eletrônica e alternativa, é uma ótima dica de diversão próximo do fim do ano.

Site oficial: http://musica.terra.com.br/planetaterra

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

“A mente da mulher é um mistério, ainda mais neste estado”

[imagem por www.cranik.com]

O primeiro cineasta espanhol a concorrer ao Oscar faz jus à indicação. Pedro Almodóvar teve uma longa e difícil jornada até se tornar um dos maiores diretores da Espanha. Com condições financeiras e políticas limitadas, já que a Ditadura de Franco fechou as escolas de cinema, Pedro arriscou-se e saiu de uma pobre cidade interiorana rumo à Madri. Na época, ele tinha 19 anos.

Em 1973, ele comprou sua primeira câmera e começou a produzir curtas metragens, mas somente em 1980, com o curta Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón, Almodóvar destacou-se. Em 88, com o filme Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos, que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, ele alcançou sucesso mundial. E de lá para cá, a sua imagem como uma grande diretor foi se confirmando. Finalmente, em 1999, a estatueta chegou, com o filme Tudo Sobre Minha Mãe.

Um filme em especial inspirou-me a postar sobre Almodóvar hoje: Fale com Ela. Esse é um filme diferente dos demais dirigidos por ele, pois deixa de lado a temática feminina e trata da amizade de dois homens, e a relação deles com suas amadas. Como em todos os outros filmes, este apresenta algo da vida do seu diretor. A amizade dos personagens Benigno e Marco foi baseada na relação de Almodóvar com um amigo, Roberto Benigni.

O filme apresenta uma temática delicada, a vida de pessoas – no caso, mulheres – em coma, que é mostrada com muita delicadeza e sentimento. A história tem um desenrolar fantástico, entrecortado por inúmeros flashbacks, e aos poucos vamos descobrindo as questões por trás dos personagens, entendendo seus pensamentos e sentimentos. A trilha sonora é um espetáculo à parte, emocionante e empolgante, contando com participações de Caetano Veloso e Elis Regina.

Para quem quer entender um pouco mais sobre o diretor e o filme, ele concedeu uma entrevista muito legal, para vê-la clique aqui.